O setor de materiais de construção é um dos mais importantes para a economia e o desenvolvimento do Brasil, mas enfrenta desafios e incertezas em um cenário de crise sanitária e inflação alta.
Na nova edição da pesquisa Índice, publicada em 16 de janeiro pela Abramat (Associação Brasileira de Materiais de Construção), que apresenta um panorama da indústria do setor de Matcon, o setor registrou retração de 1,9% em relação a novembro.
A queda acumulada em 2022 é de 7% em 2022, cenário em que o faturamento deflacionário do material básico diminuiu em 6,9%, enquanto o material de acabamento recuou 7,4% no ano passado.
Os principais resultados do índice Abramat de outubro de 2022, indicaram uma queda de 0,3% sobre setembro e de 4,2% sobre outubro de 20213. As possíveis causas dessa redução, foram a inflação alta, a escassez de insumos e a baixa demanda por obras públicas e privadas. Projeções do mercado para a inflação em 2022 foram da ordem de 5,62% e em 2023 de 5,36%4. As estimativas do IBGE para o PIB da construção civil em 2022 ficaram em 3%5.
Rodrigo Navarro, presidente da Abramat, observa que as seguidas quedas no faturamento, que culminou na retração em 2022, acendem um sinal de alerta para o setor, mas frisa que todo o contexto precisa ser analisado.
“São inúmeros fatores que levaram nosso setor a sofrer com quedas constantes e significativas. Podemos citar o elevado endividamento das famílias em um contexto de orçamento doméstico mais disputado com gastos com alimentação (…) taxa de juros em patamar ainda elevado (13,75%) e a inflação (…) que fechou em 5,79% (IPCA).”
“Outro fator é a indefinição a respeito das políticas fiscais e econômicas a serem desenvolvidas pelo próximo governo federal. De todo modo, as projeções da FGV indicam crescimento de 2% em 2023”, finaliza.
Fonte:
Revista Anamaco.
Referências:
Abramat, Blog Nubank.
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